segunda-feira, 22 de abril de 2013

O CRESCIMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA DA COREIA DO SUL


O CRESCIMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA NA CORÉIA DO SUL

Retirado este estudo do Boletim Dominical da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES). Creio que é muito importante para a nossa reflexão. 
Reverendo Hernandes Dias Lopes

A Coréia o Sul é 82 vezes menor que o Brasil em extensão territorial e apenas 3 vezes menor em população. O país tem cerca de 99.000 Km 2 e 46 milhões de habitantes, dos quais, 30% são evangélicos. A Igreja Presbiteriana representa 75% dos evangélicos e possui 10 milhões de membros. Embora a Igreja Presbiteriana da Coréia seja 28 anos mais nova que a Igreja Presbiteriana do Brasil, ela é 20 vezes maior. Enquanto os presbiterianos do Brasil representem apenas 0,3% do população, na Coréia representam 22%. Só em Seul, capital da Coréia do Sul, uma cidade com 12 milhões de habitantes, há 10 mil igrejas presbiterianas. As principais denominações evangélicas da Coréia são:

1) Presbiteriana – 10.000.000 de membros
2) Metodista – 1.500.000 membros
3) Assembléia de Deus – 1.000.000 de membros
4) Batista – 500.000 membros

As principais causa do crescimento da igreja evangélica coreana são:

1) Uma Igreja que é Cabeça e Não Cauda

A igreja sempre esteve à frente nas grandes lutas e tensões sociais, determinando o rumo das mudanças mais importantes do país. Os crentes ocupam os principais postos estratégicos de liderança da nação. A Igreja, na verdade, é a esperança da nação.

2) Uma Igreja de Mártires

Deus sempre honrou o sangue dos mártires. Como dizia Tertuliano, ilustre pai da igreja: “o sangue dos mártires é o fermento da igreja”. A plantação da igreja na Coréia do Sul foi regada por muitas lágrimas e banhada por muito sangue. Centenas de crentes foram decapitados, estrangulados e mortos com requinte da mais perversa crueldade. Milhares de cristãos foram torturados por causa de sua fé, selando com seu sangue o testemunho do evangelho.

3) Uma Igreja com Vida Intensa de Oração

Não existe na Coréia do Sul, igreja evangélica sem reunião de oração de madrugada. Eles não acreditam em crescimento da igreja sem prática efetiva e intensa de oração. Os crentes afluem para o templo de madrugada para buscar a face de Deus, mesmo sobre o frio implacável de 20 graus negativos no inverno. Os pastores oram em média de 2 a 4 horas por dia. Oração é para eles prioridade fundamental e a causa precípua do crescimento da igreja.

4) Evangelismo Através de Grupos Familiares

A base da evangelização e da comunhão dos crentes são os grupos familiares. Para eles esse é o investimento estratégico mais importante para ganhar novas pessoas para Cristo e discipulá-los.

5) Grande Ênfase no Discipulado e Treinamento de Leigos

Estando na Coréia com um grupo de 80 pastores em abril de 97, visitamos igrejas de 6.000, 12.000, 18.000, 30.000, 55.000, 82.000, e 700.000 membros. Em todas elas vimos a forte ênfase no treinamento da liderança e no discipulado dos novos convertidos. A igreja, na verdade, é um exército em ação, onde cada crente exerce o seu ministério, conforme os dons que recebeu.

6) Grande Zelo Missionário

A igreja coreana investe pesado em missões. 25% dos pastores formados na Coréia do Sul estão se consagrando às missões. Há igrejas que investem 62% do seu orçamento em evangelização e missões. Em 1995, no Estádio Olímpico de Seul, 100.000 jovens coreanos consagraram-se para a obra missionária.

Cremos que a qualidade de vida dos crentes coreanos daságua num fenomenal crescente numérico. Qualidade gera quantidade. Quando a igreja anda com Deus, Deus a faz crescer. Creio que Igreja pujante, guerreira, ousada e viva da Coréia do Sul é um modelo digno de ser imitado por nós, se queremos ver aqui nestas plagas os mesmos resultados.

Reverendo Hernandes Dias Lopes (1ª IPB – Vitória ES)

sábado, 20 de abril de 2013

CARTA DE LAMENTAÇÕES DA CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL

Em nota, a Convenção Batista Nacional lamentou a repercussão negativa que o caso do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) atingiu aos evangélicos e fez críticas sobre esta relação entre religiosos e a política. O texto na CBN atinge não apenas o parlamentar, como a igreja evangélica de forma geral chegando a criticar os pregadores e artistas que cobram para ministrar ou cantar. A carta de lamento diz que o caso de pequena importância foi tratado de forma generalizada pela grande mídia que não dá importância aos “verdadeiros problemas da sociedade brasileira”. Porém, a direção da Convenção Batista Nacional também lamenta ver que os evangélicos estão sendo taxados de homofóbicos simplesmente por entender a prática homossexual como pecaminosa, e diz que os ativistas estão sendo preconceituosos contra os evangélicos. “Lamentamos que os ativistas da causa GLTBS causem tanto barulho e sejam tão preconceituosos contra os evangélicos, acusando-nos de fundamentalistas religiosos ou repressores, enquanto eles mesmos não admitem tentar impor uma ditadura da minoria à sociedade brasileira, majoritariamente de moral cristã e regime familiar tradicional.” Para eles problemas como a violência contra a mulher, a exploração sexual de crianças e adolescentes, o abandono de idosos e outros assuntos deveriam estar na agenda mundial para serem tratados com mais urgência que os direitos aos homossexuais. Leia na íntegra: Face ao tema desgastado, mas ainda não sepultado pela mídia envolvendo a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, tenho sido concitado a um posicionamento em nome de nossa denominação. A Diretoria da CBN vem apenas expressar seu lamento por situação tão pequena ganhar repercussão e dar vazão a um circo de vaidades: Lamentamos que a igreja brasileira produza e promova pessoas com oratória inflamada, mesmo com argumentos fracos e não bíblicos, simplesmente por serem portadores de um carisma pessoal, capazes de envolver pessoas com suas performances extravagantes travestidas de manifestação de poder espiritual. Lamentamos que as Sagradas Escrituras sejam vilipendiadas pelos ditos pregadores, desprovidos de capacidade de análise piedosa e pregação simples e sincera, pois falam do que não conhecem e tentam explicar o inexplicável, apenas para arrogar maior saber diante um auditório impressionado por alguém que diz convocar serafins à sua presença, transferir unção, proclamar coisas nunca antes ditas ou frases de efeito similares. Lamentamos que a igreja brasileira alimente o ego dos seus artistas e conferencistas com pagamentos absurdos de cachês, na realização de eventos que visam apenas promoção das próprias igrejas ou ministérios, aumento da visibilidade dos promotores em projetos pessoais ou políticos, e ainda obtenção de algum lucro financeiro. Lamentamos que os evangélicos sejam ludibriados ao escolher candidatos que os representem nas diversas instâncias do poder republicano, pessoas despreparadas para o exercício de um mandato público, que se apresentam como voz profética ou defensores do evangelho, mas na verdade estão desenvolvendo seus projetos de poder e projeção pessoal. Lamentamos que o sistema legislativo do Brasil seja tão vulnerável às manipulações pelos grupos de interesse partidários ou econômicos, de modo que o funcionamento tanto da Câmara como do Senado Federal são pouco produtivos na elaboração de leis ou na regulamentação dos dispositivos do Estado, que visa o bem estar da população brasileira. Lamentamos que a CDHM seja vista pelos deputados como uma comissão de pouca expressão, por não ter peso econômico, assim como lamentamos o uso eleitoreiro do controle dela por parlamentares evangélicos. Lamentamos que o Poder Legislativo seja visto pela população brasileira como reduto de gente que advoga em causa própria, usufrui benefícios e mordomias, distribui cargos e verbas para amigos ou correligionários, barganha com o Poder Executivo na busca de vantagens políticas, acoberta condenados, promove a impunidade, onera os cofres públicos e pouco serviço presta à população. Lamentamos que a grande mídia tome o caminho das generalizações e infle assuntos de pequena importância, omitindo a discussão sobre os verdadeiros problemas da sociedade brasileira, evitando expor nomes e situações daqueles que operam o grande orçamento da propaganda das empresas estatais, mostrando-se tão corrupta ou oportunista como os eventuais personagens que ocasionalmente se presta a denunciar. Lamentamos que os evangélicos sejam taxados pelo neologismo de homofóbicos, simplesmente porque entendem a prática homossexual como pecaminosa e convidam à conversão aqueles que voluntária e livremente buscam ajuda espiritual para abandonar tal prática. Lamentamos que os ativistas da causa GLTBS causem tanto barulho e sejam tão preconceituosos contra os evangélicos, acusando-nos de fundamentalistas religiosos ou repressores, enquanto eles mesmos não admitem tentar impor uma ditadura da minoria à sociedade brasileira, majoritariamente de moral cristã e regime familiar tradicional. Lamentamos que os direitos dos homossexuais estejam na agenda mundial como tema de extrema urgência, enquanto o problema da violência contra a mulher, a exploração sexual de crianças e adolescentes, o abandono do idoso, a problemática da fome, o acesso à medicação e políticas de saúde, o trabalho escravo, a discriminação racial, a desigualdade social e outras mazelas não pareçam ser do interesse da mídia e do capital. Lamentamos que todo dia as páginas dos jornais e sites de notícias estampem alguma informação inútil sobre a CDHM e seu controvertido presidente, que como parlamentar tem o direito de ocupar o cargo, mas como pastor deveria ter aprendido a não vociferar bravatas teológicas ou palavras frívolas em suas palestras religiosas, pois ele está sendo julgado, não pré-julgado, pelo que disse. Lamentamos que todo esse imbróglio, de fato uma cortina de fumaça para distrair os tolos e ocupar gente ociosa com causas estéreis, a verdade, a justiça e os direitos humanos sejam as verdadeiras vítimas nesse circo de vaidades, pois nenhum tema propositivo de significância foi gestado pela CDHM nos últimos tempos, e de agora em diante, nada se deve esperar. Lamentamos que a igreja evangélica brasileira tenha sido levada a tal paradoxo ético: Como se posicionar a favor de um deputado pastor falastrão despreparado teológica e politicamente? Como endossar a abordagem preconceituosa, mentirosa e oportunista promovida pela mídia, a serviço dos movimentos GLTBS e dos interesses políticos escusos, que usam a situação para tirar o foco de outros personagens e temas? Lamentamos ter que falar, quando mais sábio seria ficar calado. Pela Diretoria da Convenção Batista Nacional Pr. José Carlos da Silva – Presidente 
disponível: http://noticias.gospelprime.com.br/convencao-batista-nacional-marco-feliciano/

sexta-feira, 19 de abril de 2013

SOLA CHRISTUS. SOMENTE JESUS É O UNGIDO DE DEUS. NÃO TOQUEI NOS MEUS UNGIDOS, QUE COISA ESTRANHA!


Dr. Augustus Nicodemus adverte os que estão em posição de autoridade são repreensíveis, portanto, indesculpáveis.A escritura adverte "Aí" daqueles que maltratam o Ungido do Senhor; Jesus é o Cristo, o Ungido de Deus, e todos que pecam contra Ele receberão o justo pagamento. A igreja é o corpo glorioso do Messias (O Ungido), quando deixamos de fazer o bem para aqueles pequeninos (uns para com os outros), cometemos uma atrocidade leviana, sendo cada um de nós, os lideres, diáconos, presbíteros regentes e docentes dignos do anátema do Senhor. "Ai" de nós, os que governam impiedosamente a igreja de Deus, a Noiva do Cordeiro, as Ovelhas de Cristo. Entendemos, que as ovelhas são protegidas pelo Sumo Pastor; e são elas as portadoras da luz e da unção do Senhor. Todos os que se dizem ungidos, devem na realidade ser servos como Cristo o foi, ou seja, devemos ser servos um dos outros. Portanto, negar o serviço cristão é negar a unção de Deus em nós. Quem não serve, é apóstata, é soberbo, é idólatra, é rebelde, é arrogante, é um "diabo", na verdade não há luz e nem a unção de Iavé nele; resumindo, é Deus de si mesmo.Por fim, o pecado de um líder contra uma ovelha pequenina é digno de expulsão e vergonha, digno de repúdio e punição; é merecedor de juízo divino.
Bem relata as escrituras essa verdade, em Mc 9:33-50
E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.
E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.
E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes:
Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou.
E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.
Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.
Porque quem não é contra nós, é por nós.
Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.
E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.
E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros. 

Segue Texto de Augustos Nicodemus, abaixo:acesse: disponível - http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/04/como-assim-nao-toqueis-no-ungido-do.html

Como assim, "não toqueis no ungido do Senhor..."?!


Há várias passagens na Bíblia onde aparecem expressões iguais ou semelhantes a estas do título desta postagem: A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas (1Cr 16:21-22; cf. Sl 105:15).
Todavia, a passagem mais conhecida é aquela em que Davi, sendo pressionado pelos seus homens para aproveitar a oportunidade de matar Saul na caverna, respondeu: "O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele [Saul], pois é o ungido do Senhor" (1Sm 24:6).
Noutra ocasião, Davi impediu com o mesmo argumento que Abisai, seu homem de confiança, matasse Saul, que dormia tranquilamente ao relento: "Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1Sm 26:9). Davi de tal forma respeitava Saul, como ungido do Senhor, que não perdoou o homem que o matou: “Como não temeste estender a mão para matares o ungido do Senhor?” (2Sm 1:14).

Esta relutância de Davi em matar Saul por ser ele o ungido do Senhor tem sido interpretado por muitos evangélicos como um princípio bíblico referente aos pastores e líderes a ser observado em nossos dias, nas igrejas cristãs. Para eles, uma vez que os pastores, bispos e apóstolos são os ungidos do Senhor, não se pode levantar a mão contra eles, isto é, não se pode acusa-los, contraditá-los, questioná-los, criticá-los e muito menos mover-se qualquer ação contrária a eles. A unção do Senhor funcionaria como uma espécie de proteção e imunidade dada por Deus aos seus ungidos. Ir contra eles seria ir contra o próprio Deus.
Mas, será que é isto mesmo que a Bíblia ensina?
A expressão “ungido do Senhor” usada na Bíblia em referência aos reis de Israel se deve ao fato de que os mesmos eram oficialmente escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por um juiz ou profeta. Na ocasião, era derramado óleo sobre sua cabeça para separá-lo para o cargo. Foi o que Samuel fez com Saul (1Sam 10:1) e depois com Davi (1Sam 16:13).
A razão pela qual Davi não queria matar Saul era porque reconhecia que ele, mesmo de forma indigna, ocupava um cargo designado por Deus. Davi não queria ser culpado de matar aquele que havia recebido a unção real.
Mas, o que não se pode ignorar é que este respeito pela vida do rei não impediu Davi de confrontar Saul e acusá-lo de injustiça e perversidade em persegui-lo sem causa (1Sam 24:15). Davi não iria matá-lo, mas invocou a Deus como juiz contra Saul, diante de todo o exército de Israel, e pediu abertamente a Deus que castigasse Saul, vingando a ele, Davi (1Sam 24:12). Davi também dizia a seus aliados que a hora de Saul estava por chegar, quando o próprio Deus haveria de matá-lo por seus pecados (1Sam 26:9-10).
O Salmo 18 é atribuído a Davi, que o teria composto “no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul”. Não podemos ter plena certeza da veracidade deste cabeçalho, mas existe a grande possibilidade de que reflita o exato momento histórico em que foi composto. Sendo assim, o que vemos é Davi compondo um salmo de gratidão a Deus por tê-lo livrado do “homem violento” (Sl 18:48), por ter tomado vingança dos que o perseguiam (Sl 18:47).
Em resumo, Davi não queria ser aquele que haveria de matar o ímpio rei Saul pelo fato do mesmo ter sido ungido com óleo pelo profeta Samuel para ser rei de Israel. Isto, todavia, não impediu Davi de enfrentá-lo, confrontá-lo, invocar o juízo e a vingança de Deus contra ele, e entregá-lo nas mãos do Senhor para que ao seu tempo o castigasse devidamente por seus pecados.
O que não entendo é como, então, alguém pode tomar a história de Davi se recusando a matar Saul, por ser o ungido do Senhor, como base para este estranho conceito de que não se pode questionar, confrontar, contraditar, discordar e mesmo enfrentar com firmeza pessoas que ocupam posição de autoridade nas igrejas quando os mesmos se tornam repreensíveis na doutrina e na prática.
Não há dúvida que nossos líderes espirituais merecem todo nosso respeito e confiança, e que devemos acatar a autoridade deles – enquanto, é claro, eles estiverem submissos à Palavra de Deus, pregando a verdade e andando de maneira digna, honesta e verdadeira. Quando se tornam repreensíveis, devem ser corrigidos e admoestados. Paulo orienta Timóteo da seguinte maneira, no caso de presbíteros (bispos/pastores) que errarem:
"Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam" (1Tim 5:19-20).

Os “que vivem no pecado”, pelo contexto, é uma referência aos presbíteros mencionados no versículo anterior. Os mesmos devem ser repreendidos publicamente.
Mas, o que impressiona mesmo é a seguinte constatação. Nunca os apóstolos de Jesus Cristo apelaram para a “imunidade da unção” quando foram acusados, perseguidos e vilipendiados pelos próprios crentes. O melhor exemplo é o do próprio apóstolo Paulo, ungido por Deus para ser apóstolo dos gentios. Quantos sofrimentos ele não passou às mãos dos crentes da igreja de Corinto, seus próprios filhos na fé! Reproduzo apenas uma passagem de sua primeira carta a eles, onde ele revela toda a ironia, veneno, maldade e sarcasmo com que os coríntios o tratavam:
"Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco.
Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.
Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.
Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos.
Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar; pelo contrário, para vos admoestar como a filhos meus amados. Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores" (1Cor 4:8-17).
Por que é que eu não encontro nesta queixa de Paulo a repreensão, “como vocês ousam se levantar contra o ungido do Senhor?” Homens de Deus, os verdadeiros ungidos por Ele para o trabalho pastoral, não respondem às discordâncias, críticas e questionamentos calando a boca das ovelhas com “não me toque que sou ungido do Senhor,” mas com trabalho, argumentos, verdade e sinceridade.
“Não toque no ungido do Senhor” é apelação de quem não tem nem argumento e nem exemplo para dar como resposta.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PENSAMENTOS DE MARTYN LLOYD JONES


Um dos maiores perigos da vida espiritual é viver em função de suas próprias atividades. Em outras palavras, a atividade não está em seu devido lugar como algo que você faz, mas tornou-se algo que o leva a manter-se em movimento. 

A maneira de provar a si mesmo, a maneira de provar qualquer homem, é olhar debaixo da superfície. 

Minha opinião acerca de tudo o que me acontece dever ser regida por estas três coisas: a compreensão que tenho acerca de quem sou, a consciência que tenho de para onde vou, indo e o conhecimento que tenho do que me espera quando eu chegar lá. 

Esta é a coisa fundamental, a mais séria de todas: que estamos sempre na presença de Deus. 

Deus não pára para consultar-nos. 

O diabo pode dirigi-lo de forma extraordinária... Há poderes que podem simular quase todas as coisas na vida cristã. 

Se fosse possível colocar o Espírito Santo num livro de farmacologia, eu o colocaria junto aos estimulantes, pois é ali que ele deve estar. 

Nunca nos esqueçamos de que a mensagem da Bíblia dirige-se em especial à mente, ao entendimento. 

Tudo é pela graça na vida cristã, do início ao fim. 

A chave para a história do mundo é o reino de Deus. 

Algumas vezes penso que a própria essência de toda a posição cristã e o segredo de uma vida espiritual de êxito estão em reconhecer apenas duas coisas: preciso ter confiança completa e absoluta em Deus e nenhuma confiança em mim mesmo. 

A humildade está entre as principais de todas as virtudes cristãs; ela é a marca registrada do filho de Deus. 

O fato de colocar todos os cadáveres eclesiásticos em um só cemitério não provoca uma ressurreição. 

A coisa mais difícil do mundo é tornar-se pobre de espírito. 

Precisamos viajar menos de avião a jato, de um congresso para outro... porém de mais orações de joelhos, rogando a Deus que tenha misericórdia de nós, mais clamor a Deus para que se levante e disperse seus inimigos e se torne conhecido. 

Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristãos tanto quanto nossa vida de oração. 

Se realmente conhecemos a Cristo como nosso Salvador, os nossos corações são quebrantados, não podem ser duros, e não podemos negar o perdão. 

Para mim, a obra de pregar é o mais elevado, o maior e o mais glorioso chamado que alguém pode receber. 

O homem só deve entrar no ministério cristão se não conseguir ficar fora dele. 

Certamente a essência da sabedoria está em, antes de começarmos a agir ou de tentar agradar a Deus, descobrir o que Deus tem a dizer sobre o assunto. 


O problema de grande parte do ensino sobre santidade é que ele deixa de fora o Sermão da Montanha e nos pede que experimentemos a santificação. Esse não é o método bíblico. 


O desviado é um homem que, por causa da relação que teve com Deus, nunca pode desfrutar bem qualquer outra coisa. 


Autor: D. Martyn Lloyd-Jones



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Mogi das Cruzes, São Paulo, Brazil
Servo e Discipulo do Senhor Jesus Cristo, congrego desde Janeiro de 2013 na Congregação Presbiterial de Jundiapeba filiada a Igreja Presbiteriana Unida de Suzano, Igreja Presbiteriana do Brasil, Mogi das Cruzes, Estado de São Paulo. Este Canal não é oficial da IPB, que somente disponibiliza videos dos cultos, reuniões, trabalhos da IP de Jundiapeba - IPJ.

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